Livro interessante achado nas estantes da Fnac numa tarde do ano passado, conta a história dos primeiros livros impressos, criados por Gutenberg, descendente de uma família com pedigree mas com as suas fontes de dinheiro a secar, transformado em empresário inventor na Alemanha nos tempos atribulados entre o fim da idade média e o principio do renascimento.
Conseguir produzir livros em série numa época onde eles ainda são leeeentamente copiados à mão parece ser um bom caminho para a riqueza, mas antes há bastantes problemas técnicos de tinta, papel e letras metálicas para resolver...
Pior do que isso, a parte financeira, dinheiro para pagar papel, assistentes, um lugar para trabalhar, dinheiro que vem de empréstimos e sócios, que podem ser muitas coisas, mas não são parvos, se os pagamentos não chegarem a horas vão aproveitar a oportunidade para partir para o tribunal e ficar com um bocado do negócio.
E tudo isto tem de ser resolvido na "Alemanha" do século XV, que não é uma nação unificada mas uma colecção de pequenos estados, principados e cidades independentes, governados por nobres, bispos e concelhos de mercadores com as suas rivalidades, manobras politicas e guerras. É um mundo onde os habitantes da cidade acordam um belo dia e descobrem que têm um exército de mercenários contratado pelo Papa à porta.
E pronto, é a história de uma revolução num mundo que já não é um modelo de estabilidade, uma descoberta que vai mudar tudo e fazer rios de dinheiro, uma descoberta de que toda gente quer o seu pedaço, a sua fatia do bolo, e que talvez, com muita sorte, consiga dar a Gutenberg um sustento e um lugar na história.
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