A rapidez com que deixamos de ser bem vindos

Não vou conseguir dormir sem desabafar sobre isto...

Temos uma pessoa bastante próxima, já a conhecemos há tempos, tentámos ajudá-la, ela ajudou de volta, houve altos e baixos, e um belo dia...

Adeus! Já não somos bem vindos, a nossa presença não é mais necessária, e pronto, como podemos discutir com isso? Se estamos a mais não há outra alternativa a não ser a porta da rua.

Acho que nunca vou compreender a rapidez com que estas coisas acontecem.

Quinta-feira à noite, a nossa companhia é bem vinda, obrigado por vires, foi muito bom estares aqui, etc. etc.

Sexta dizem que não podem fazer como tínhamos combinado mas está tudo bem, não te preocupes. E porque havemos de nos preocupar? Estamos a entrar no fim de semana e vamos ter mais oportunidades, certamente...

Sábado, ela gostava de fazer algo mas vai ver o futebol logo, é um pouco apertado para ela, pede que seja  amanhã por favor?

Domingo, um convite, mas quando chegamos encontramos distância e frieza, passado um pouco descobrimos o porquê, fomos chamados para nos dizerem que é a altura de nos pormos a mexer, adeus, pisga-te, a tua ajuda já não é necessária.

E pronto, de alguma forma passámos de bestial a besta em muitos poucos dias, depois deste tempo todo somos descartados rapidamente.

E agora? Ideias?

Só me ocorre aplicar o tempo e a energia que vai sobrar noutro lado, e lembrar-me. Lembrar-me dos bons momentos e do que correu bem, mas também lembrar-me de como me deixaram para trás, talvez um dia  precisem de mim outra vez, e então talvez eu mexa uma palha, ou talvez não...

Não digo já que não porque não sou vingativo, mas vendo a maneira como estas coisas me caem em cima se calhar até devia ser...