quinta-feira, 29 de julho de 2010

Rumo ao desconhecido

Sábado viajo, por uma semana vou trocar a rotina por uma visita a outras vistas, outros sabores, vai ser uma pequena extravagância. Pega na máquina, tira umas fotos, ouve umas histórias, prova dos doces locais e guarda alguns momentos divertidos na tua memória para mais tarde recordar.

Por uma semana estás longe do mundo, faz uma pausa nas preocupações, não penses no que te espera quando voltares, goza esses dias inúteis, não produtivos e essenciais. Porque não pode ser tudo racional e produtivo e importante, até os calmos e calados têm de aproveitar uma oportunidade para passar ao lado do normal e rotineiro de vez em quando.

E nessa semana, mais um aniversário, mais um ano que passou, desta vez não vai haver bolo nem velas, receio que esteja a ficar velho para isso. Olhando para trás, este ano também não me deixa muito para celebrar, estou onde estava um ano atrás, ainda na mesma rotina, ainda solitário, talvez para o próximo já tenha um bom motivo para uma grande festa?

Não sei, sempre que me ponho a sonhar o futuro acaba por seguir por caminhos que não esperava e que de qualquer maneira acabam por me deixar onde comecei (curioso), sinto-me como um rato de laboratório às voltas num labirinto.

Pelo menos neste ano fiquei a saber que algumas pessoas até gostam de mim, mas quando tento aprofundar isso esbarro em qualquer coisa, estão demasiado longe, afinal tenho uma particularidade que não é bem do agrado delas, ou então simplesmente desaparecem, umas talvez por simplesmente perderem o interesse, outras talvez por terem problemas para enfrentar que precisam da sua atenção.

Bom, chega de pensar nisto, uma pausa, é para isso mesmo que vou viajar, deixa os problemas por um bocado, que eles não fogem.

E quando voltar, quem sabe? Talvez um dia um contacto da Internet passe às conversas em carne e osso e tenha um rosto novo à minha frente, talvez um rosto antigo dê sinais de vida e volte da sua ausência para ouvir as histórias da minha viagem.

Bom, para o ano lá estarei a escrever outra vez o que se passou, exactamente o quê não sei, e parece que é melhor não tentar adivinhar.

3 comentários:

  1. na minha opinião, algumas das melhores coisas que podemos fazer por nós mesmos são mesmo aquelas que referiste logo no início deste texto: viajar, fotografar, pôr a rotina na gaveta.

    reflectir sobre o que se vive e como se vive é também positivo, mais que não seja porque nos permite mais facilmente distinguir as coisas que desejamos manter na nossa vida mas principalmente aquelas que desejamos mudar.

    no fundo, estamos constantemente em viagem, junto ao interior de nós mesmos e o que distingue um simples viajante de um explorador é a capacidade de analisar as emoções, mesmo aquelas que não são tão agradáveis como desejaríamos.

    identifico-me com muito do que escreveste.

    desculpa o testamento e a invasão ;)

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  2. Neste momento deves estar a fotografar em algum momento, em algum lugar...
    FELIZ E A DESCOMPRIMIR:):)
    E fazes aninhos...não sei quando..mas pode ser hoje???
    PARABÉNSSSSSSSSSSSSS:):)
    Mas o bolo e as velas não tem idade???
    FICAR VELHO...DEIXA-TE DISSO...VIVE:):)
    Eu desejp-te o melhor:)
    SUUUUrrisinhos:)

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  3. Obrigado Antes, podes escrever à vontade, todos temos os nossos momentos filosóficos de vez em quando. :)

    Obrigado bela Susaninha, acertaste no dia sim, e agora acho que afinal tens razão, o bolo e as velas não têm idade. :)

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