segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Caminhando...

E foram mais duas corridas (ok, caminhadas, mas o que importa é competir), sobre o Tejo e à beira do Tejo (Com as nuvens e o sol a posar para as fotos com o Tejo por detrás, obrigado!), saltar da cama cedo e fazer mexer os músculos é revigorante mas começa a ficar um pouco fresco, para o ano há mais...

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

O caso Jane Eyre

Leio muita coisa, vou encontrando livros maus (felizmente raros), mais ou menos (muitos), ou fantásticos, este pertence à última categoria. Em principio é um policial com uma detective a tentar impedir que um criminoso cumpra uma ameaça terrível, mas também é muito mais do que isto.

É um livro sobre os livros, a nossa heroína é uma detective na divisão literária da polícia, os criminosos que ela persegue roubam e falsificam manuscritos, tomam primeiras edições como reféns e imaginam planos diabólicos para arruinar grandes obras para sempre.

A ideia de policias e criminosos a enfrentarem-se por causa do rapto de um poema parecer um pouco peculiar mas este livro consegue fazer com que ela funcione, na realidade que o autor imaginou a literatura é vital. Existem clubes de fãs, partidos, ideologias que distribuem panfletos e fazem manifestações, máquinas que recitam autores famosos por uma moeda, tudo à volta da literatura.

Neste mundo tão literário é natural que uma invenção que permite atravessar a barreira entre a realidade e as páginas seja terrivelmente importante e provoque uma bela confusão. E é isso mesmo o que vai acontecer quando um criminoso famoso decide aproveitá-la para ameaçar histórias personagens.

Felizmente a nossa heroína está decidida a levar este caso até ao fim, com a ajuda de um tio com talento para as invenções mas uma imaginação sintonizada num comprimento de onda ligeiramente diferente das outras pessoas, um pai distante mas que pode aparecer para um minuto de conversa em qualquer altura (fácil para quem trabalha na divisão da polícia encarregue da história e viagens no tempo, na verdade ele não tem outra escolha senão fazer isso, acidente de trabalho...) e um dodó de estimação (a famosa ave extinta recuperada graças à engenharia genética, disponível num "kit" para fazer em casa a preços módicos).

É um dos livros mais divertidos que já li, não podia ser de outra forma, conseguem imaginar um livro aborrecido com dodós de estimação?

terça-feira, 12 de outubro de 2010

A cena mais estúpida da história do cinema

Obrigado YouTube, graças a ti tenho a honra de ver este marco histórico, a cena mais estúpida da história do cinema:



Não é uma grande produção mas também não é algo improvisado no quintal do vizinho, não é uma questão de não haver conhecimento ou dinheiro, quem fez isto decidiu ofender as leis da física e a biologia por vontade própria. É o género de coisa que nem um drogado alucinava por ser demasiado louca.

YouTube, YouTube meu, haverá por aí filme ainda mais estúpido do que este?

domingo, 10 de outubro de 2010

O futuro!

Uma amostra de como imaginávamos o futuro há algum tempo, prédios enormes, linhas de mono-carril, aviões gigantes com restaurante e salão capazes de atravessar o Atlântico num dia, navios "aerodinâmicos"...



Afinal o futuro acabou por ser mais eficiente e racional do que se imaginava, os nossos aviões são mais pequenos e rápidos. Em vez de andarem a circular por salões e restaurantes os passageiros ficam sentados no seu lugar para à espera da sua refeição. É realmente mais eficiente, mas não tem nem de longe o mesmo estilo...

Eu sei que é irrealista mas adorava poder escolher o meu almoço do menu e dar uma volta para apreciar a paisagem a alguns milhares de metros de altitude, mesmo que demorasse um dia inteiro para chegar ao meu destino. Ok, é um sonho impossível, mas temos de sonhar um pouco de vez em quando...

E já que estamos a sonhar, isto parece mais divertido do que tudo o que anda pelas nossas estradas nos dias de hoje:

terça-feira, 5 de outubro de 2010

100 anos

Hoje tivemos o centenário da república, tocou-se o hino pelo país fora, há espectáculos em Belém, um render da guarda solene com o presidente a assistir. É um dia do centenário cheio de sol, calmo, sem sobressaltos nem grandes triunfalismos.

Estamos descontentes com os nossos políticos mas ainda não ao ponto de fazer mais uma revolução. Atravessamos tempos de vacas magras para nós e muitos outros Europeus, o mundo das finanças e das bolsas levou um grande pontapé de dividas e hipotecas duvidosas nos EUA há algum tempo e isso semeou o medo dos empréstimos incobráveis pelo mundo fora. Pedir dinheiro emprestado é duro para pessoas e países e os défices e dividas públicas passaram a ser "monstros" a abater com cortes no orçamento e aumentos de impostos.

Há uma crise para pagar e vai ser "Zé Povinho" a tratar disso, aqui e no resto do mundo, não há volta a dar, é a maneira como o nosso capitalismo funciona. O dinheiro é poder e quem tem poder escapa aos problemas e à austeridade.

Por isso aqui estamos nós, mais bem alimentados e saudáveis, mais informados e educados do que há 100 anos, com uma nova pilha de questões para resolver. Como vamos estar nos 200 anos? Boa pergunta, a única maneira de saber é esperar para ver.

A história tem o hábito de seguir por caminhos que não esperamos. Há 100 anos o Reino Unido era uma grande potência, a vender produtos por todo o mundo, ocupado a manter uma marinha superior a todas as outras para guardar o seu comércio. Hoje está a lutar com medidas de austeridade como nós, com uma indústria fraquinha (em comparação com o que era antes) e uma marinha cada vez mais pequena.

Do outro lado do mundo a China modernizou-se, a maior parte da indústria migrou para lá e agora tem tanto ou mais importância do que os países Europeus reunidos. No inicio do século XX alguns escritores imaginavam o que aconteceria se a China "acordasse" e tentasse dominar o mundo, afinal acordou, e conquistou com legiões de patinhos de borracha baratos.

Bom centenário, em 2110 veremos onde este mundo foi parar.