segunda-feira, 30 de maio de 2011

Partidinhos

Vamos a caminho de eleições por estes lados, os partidos semeiam folhetos e cartazes, vamos todos votar para trocar um bando de sacanas corruptos (PS) por outro (PSD), pelo assim parece, a não ser que sejamos tolos ao ponto de já nem mudarmos de vigaristas de vez em quando.

E basicamente é isto, nas eleições de cá ganha sempre um de dois partidos, agora é o que tem D, na próxima é o que não tem D, e mais atrás nos resultados andam os comunistas e o Paulinho das feiras que não ganham mas arranjam uns deputados.

E depois, para além deles, temos o estranho mundo dos partidinhos, partidos monárquicos, dos animais, da nova democracia, humanistas, da terra, a comparar o Alberto João Jardim ao Hitler e a fazer outras acrobacias eleitorais.

Mais estranho ainda do que as campanhas e os tempos de antena deles, é facto de ali estarem, dividem sempre 1 ou 3% dos votos entre eles, provavelmente votam neles a família dos candidatos e os amigos deles que não estavam com vontade de ir à praia.

Todos os anos lá estão aqueles malucos, será que percebem que não têm maneira de fazer diferença ou pensam que vivem num mundo paralelo onde o país está prestes a voltar-se para o lado deles?

Tenho a sensação engraçada que quando chegarem os resultados eles vão estar lá nas suas "sedes", no café central ou no escritóriozito alugado na rua da betesga para festejar a sua fatia dos 2% e fazer um discurso sobre como mais 3 votos os aproximam da vitória inevitável que há de chegar um dia.

Bem, eles que se entendam, os pequenos e os grandes, tenho outras coisas em que pensar, uma pessoa conhecida está a melhorar de uns problemas espinhosos e isso sim é que são noticias importantes.

terça-feira, 24 de maio de 2011

O império depuralinador

Às vezes apanho alguns minutos de rádio de manhã, e sempre que passa publicidade eles estão lá, nunca falham, são os anúncios a uma coisa supostamente dietética chamada "Depuralina".

E tenho de lhes tirar o chapéu, são irritantes e bastante parvos, é verdade, mas são uma bela peça de propaganda ao estilo "Ditadura feroz".

Não há espaço para talvez nem nuances, o cidadão tem de tomar a sua dose do "produto", não deve tomar se quer emagrecer ou se sente mal ou tomar só um pouco, as ordens são para tomar sem "ses" todos os dias.

E o próprio produto é apresentado como um bem absoluto, destrói os "resíduos" que supostamente ameaçam a "pureza" do corpo, não há contra-indicações nem nada do género, o produto é bom, ponto final. Todos têm de se submeter ao produto, nem sequer há espaço para a mínima possibilidade ou razão para a pessoa não achar boa ideia tomar.

Enfim, é como a propaganda com que alimentam o povo na Coreia do Norte, a eles pedem que acreditem no "querido líder" que é o melhor ser humano a pisar a face desta humilde e indigna terra com os seus soberbos pés, a nós pedem que acreditemos no "querido produto" que nos protege do mal.

Bom, já chega de escrever sobre isto, se os donos daquela coisa estão a ganhar dinheiro para bombardear o país com publicidade da aquela maneira, então qualquer dia ainda têm o suficiente para comprar um exército e tomar conta disto. Montam um KGBzinho, começam com a caça aos dissidentes, varrem a net e estou tramado, escrever tantas dúvidas sobre o "querido produto" deve dar direito a uns 25 anos num campo de trabalhos forçados pelo menos!

Engraçado, escrevi o parágrafo anterior a brincar, mas voltando a olhar para ele, tenho a sensação estranha de ter adivinhado a fantasia secreta dos donos daquilo...

domingo, 22 de maio de 2011

Ovo cliclista surrealista!

Tropecei nisto por acaso há alguns dias atrás e tenho pensado em escrever sobre ele aqui no blog, mas como raio é que o vou descrever?

Não tem objectivo que se veja, por isso não é bem um jogo, é um "coiso" interactivo, onde aparece um ovo a pedalar que controlamos com o rato para interagir com coisas surrealistas ...

Bolotas! Não consigo mesmo explicar isto sem parecer um sonho daqueles que nos deixam a pensar "Mas que raio foi aquilo!?!" depois de acordar, só mesmo mostrando:



terça-feira, 17 de maio de 2011

Publicidade Recursiva

Vou andando a caminho de casa e reparo num táxi que traz publicidade no tejadilho, normalmente não é nada de invulgar, mas desta vez é um anúncio a fazer publicidade a publicidade nos táxis.

Bom, pensando bem, nem deve ser assim tão invulgar, quem faz publicidade vai querer atrair quem quer colocar anúncios, o que quer dizer publicidade à publicidade. Coloque o seu anúncio aqui, visto por 30000 pessoas todos os dias, etc, etc.

E depois se calhar, publicidade à publicidade à publicidade? Cartazes a anunciar a melhor empresa para publicitar os seus serviços publicitários? A empresa A faz um anúncio na tv para a empresa B, que concebe um anúncio nos jornais para a empresa C, que imprime um folheto para a empresa D, que cola um cartaz para a empresa E, que grava um anúncio na rádio para a empresa F, que fabrica varetas de chapéu de chuva altamente avançadas?

Por mais tolo que pareça, tenho a sensação que é só uma questão de tempo...

sábado, 14 de maio de 2011

Uma forma engraçada de dizer as coisas...

Vinha hoje no metro a caminho de casa quando reparei num cartaz, "Mexa-se pela esclorose", se não me engano.

Este é um daqueles pequenos mistérios da vida, às vezes quando alguém fala de corridas\espetáculos\dias mundiais\etc que tentam ajudar ou sensibilizar o público para um problema qualquer, chama à iniciativa "qualquer coisa pelo problema" ou o "dia do problema", a "Marcha pela fome em África" ou o "Dia do cancro da mama", por exemplo.

E vem-me sempre a mesma ideia à cabeça, não querias dizer antes a "Marcha contra a fome em África"? Levando as palavras à letra, o "Dia do cancro" parece que vai promover o cancro, com folhetos e amostras grátis.

Engraçado como a nossa maneira de falar ganha um significado surreal quando lhe aplicamos a lógica.

E já agora, se alguém me perguntar como vai a constipação, ela está a piorar, e eu pelo contrário, a melhorar...

segunda-feira, 9 de maio de 2011

A crise está mesmo muito má

Finalmente apanharam o Bin Laden, já há alguns dias atrás, está morto e enterrado, bom, na verdade foi alimentar os peixinhos mas na prática vai dar ao mesmo.

E conforme foram passando os dias desde a morte, foram aparecendo fotos na web e nos jornais, fotos dele morto não há porque os Americanos não estou virados para isso, mas há fotos de bocados de helicóptero americano e da casa onde estava escondido.

E é a casa que me pôs a pensar, supostamente era um esconderijo fortificado que valia um balúrdio...

Mas olhando para as fotos que apareceram, fico com a impressão que, apesar do sitio até pode ser fortificado, é uma espelunca. Não melhorar aquilo até podia ser uma estratégia para não atrair a atenção, mas como ele colocou um muro altíssimo à volta e guardas armados acho que não estava a tentar ser discreto.

Mas que raio de crise, isto está tão mau que nem um líder terrorista que põe nervosa uma super-potência e tem seguidores pelo mundo fora e consegue dar uma pintura decente no esconderijo, estamos mesmo, mas mesmo à rasca!

sábado, 7 de maio de 2011

Condutores acidentalmente fantásticos

Finalmente a Sexta acabou, fim de semana aqui vou eu! Apanho o comboio, pego no carro para os 5 minutos do costume entre o estacionamento e casa, mas hoje temos algo diferente num cruzamento, dois carros parados com chapa amolgada enquanto os condutores e os passageiros colocam triângulos, falam e olham com ar pensativo, provavelmente a imaginar como se vão arranjar a andar de autocarro por uns dias.

Felizmente parece que ninguém fico ferido, e olhando com mais atenção, parece que conseguiram acertar no ângulo exacto para fazer uma bela mossa sem se magoarem.

Melhor do que isso, bastava que um deles tivesse passado alguns minutos mais tarde ou mais cedo para não se tocarem ou até nem se verem, mas não, de todas as alturas em que podiam ter passado por aquele cruzamento calhou aquela.

Podem dizer que aqui neste canto da Europa somos maus condutores, mas eu acho que uma sincronização tão acertada para cada um tocar no ponto adequado do outro entre dois estranhos que nunca se viram e sem comunicarem é quase do outro mundo. Podiam pegar em dois profissionais, dar um rádio a cada um, e ainda tinham uma dificuldade dos diabos para fazer isto.

Somos condutores acidentalmente fantásticos, ou então, apenas temos um raio de um azar de vez em quando...