sábado, 27 de fevereiro de 2010

Adeus silencioso

Lidar com pessoas é tudo menos fácil, especialmente quando chega a altura do adeus, fizemos asneira, cometemos uma gaffe ou simplesmente não somos divertidos ou interessantes o suficiente, o resultado é o mesmo, adeus e não voltes, mais um rosto que não vamos voltar a ver.

Ás vezes as pessoas simplesmente afastam-se, acabam simplesmente por seguir caminhos diferentes, talvez para se voltarem a encontrar anos mais tarde até, isso não é problema, é algo gradual, que vai acontecendo e dá tempo para nos ajustarmos.

Mas infelizmente nem sempre é assim, também há as ocasiões em que nos mandam embora, nos atiram borda fora, essas tornam tudo mais difícil e complicado.

Primeiro porque parecem chegar sempre de repente, a pessoa que nos manda às urtigas na Segunda-Feira é a mesma que no Domingo conversava connosco como se tudo estivesse bem. Depois de isso acontecer olhamos para o que fizemos e descobrimos as gaffes, os sítios onde fizemos asneira, coisas que na altura não pareciam ter importância mas que olhando para trás parecem estúpidas, terá sido uma delas que deitou tudo a perder? Não sabemos, as pessoas normalmente não são francas sobre isso.

Segundo porque raramente há a cortesia de nos dizerem adeus, normalmente o que acontece é o "adeus silencioso". Pensamos na pessoa, fazemos qualquer coisa, mandamos um SMS (por exemplo) e nada, estará ocupada, o tempo vai passando, outro SMS, o silêncio continua, um terceiro, o tempo passa e temos de encarar a realidade, enquanto pensávamos estar tudo bem perdemos alguém e agora é tarde demais.

E ficamos assim, sem saber se lhe terá acontecido algo, ou (mais provável) o que fizemos para a afastar de nós, o que a levou a nos abandonar, ficamos só com o silêncio de uma pessoa que depois dos sorrisos e das palavras gentis desaparece como o diabo foge da cruz.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Gamera vs Guillon

Depois do sério e do sisudo, um pouco de descontracção, o choque de titãs entre uma tartaruga gigante com dotes de ginasta e um bicho (muito) bizarro:

O lado escuro

No Sábado passei pela Tema nos Restauradores e dei de caras com uma manifestação contra os casamentos entre pessoas do mesmo sexo.

Até hoje não tinha pensado muito nisto, é natural, não me afecta pessoalmente nem a ninguém que eu conheça directamente. Mas encontrar um dos lados da questão ali ao vivo fez-me pensar, perder uns minutos no Google e a ver o que se dizia sobre a ideia de levar o assunto a referendo.

E depois de ver e ler sobre este lado da polémica fiquei com uma opinião mais firme, espero sinceramente que não haja referendo mas se houver vou votar para que se permita o casamento seja entre homens, mulheres ou o que for.

Primeiro porque não vejo nenhuma razão para retirar liberdade e direitos a outros, o facto de algures nesta terra duas pessoas do mesmo sexo subirem ao altar não vai restringir em nada o meu direito de o fazer com uma bela moça quando puder e quiser.

Segundo, porque o que vi e li sobre lado da proibição é baixo, repelente. Não basta quererem retirar direitos aos outros, ainda têm o descaramento de falar em "defesa da família", de se armarem em vitimas, como se o facto de algures uma pessoa não viver como eles querem fosse uma agressão a suas excelências.

Se a ideia de atropelar os direitos de um pobre diabo qualquer precisa de um referendo para ser rejeitada então temos um problema. Isso quer dizer que há um lado escuro, uma parte da nossa sociedade que não se importa de atirar pessoas aos lobos para não ferir as suas sensibilidades.

Bem, já chega, temos questões muito mais importantes em que pensar, gastar as nossas energias a retirar direitos aos outros é tão inútil como revoltante.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

O mundo não aceita súplicas e orações

Ontem tivemos um choque, tempestade, chuva torrencial e mais de 30 mortos na Madeira, alguns podem dizer que foi um "acto de deus" ou a vingança de "Gaia" pelas nossas transgressões ambientais.

Mas não é esse o caso, o mundo em que vivemos é uma colecção de sistemas fantasticamente complexos, às vezes influenciados pelas nossas acções (e de forma nem sempre previsível) outras por coisas completamente fora do nosso controlo.

Esta teia de sistemas não tem nenhuma inteligência a "puxar os cordelinhos" por detrás, nenhum deus da chuva ou do trovão, nem "mãe natureza" ou "Gaia", nem deus todo-poderoso, esta teia é impessoal, não é nem cruel nem benevolente, simplesmente existe.

As pessoas têm um pouco o hábito de dar rostos às coisas, mas no caso do nosso ambiente não devemos esquecer que não há nada a que podemos rogar ou suplicar, são questões de causa e efeito, não há espaço para negociar ou pedir perdão ou fugir das consequências dos nossos actos e das forças que se movimentam à nossa volta, por isso temos de tentar lidar o melhor que podemos com o que o clima nos atira e tentar não o influenciar num mau sentido.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Não há limites para a imaginação do ser humano

Ok, estou convencido, convertido, não há limites para a imaginação do ser humano, nada, ele não só inventa o que podemos imaginar como o que não podemos.

Andava pela web quando reparei num anuncio a uma linha de peluches, quando pensamos em peluches pensamos em criaturas, animais, uns tradicionais (ursos, por exemplo) outros mais originais.

Pois então que tal uns peluches dedicados ao... ...shushi?!?

Aqui estão eles, completos com wasabi e gengibre!

E isto não é o mais delirante à venda no site, o que me dizem a uns micróbios fofinhos?

Gripe A, Gangrena, Malária, Raiva, Peste e outras, também inclui glóbulos brancos e vermelhos para lhes fazer companhia!

Realmente, uma imaginação sem limites...

domingo, 14 de fevereiro de 2010

O amor nunca é simples

Amor, relações, assuntos do coração, coisas em que sou um belo desastrado mas em que acabo a pensar agora com as hordas de corações a invadir as montras e os blogs a falar disso.

Algumas pessoas podem fazer isto parecer fácil mas na verdade nunca é nem simples nem fácil.

Há duas barreiras a vencer, primeiro convencer uma pessoa estranha a olhar para nós, a trocar algumas palavras, depois, se ela vai ocupando os nossos pensamentos, se o nosso coração bate um pouco mais depressa o "amo-te", o "gosto de ti".

A primeira não é nada fácil, a segunda é terrivelmente difícil e assustadora. Gostar de uma pessoa não chega, é preciso transformar os nossos sentimentos em algo que a outra pessoa entenda, fazer passar a mensagem.

E isso é tudo menos fácil, temos de acertar na forma como nos expressamos e fazer isso nem cedo nem tarde mais. Uma asneira deita tudo a perder e muitas pessoas não vão dar uma segunda oportunidade.

Gostava que as coisas fossem menos complicadas e incertas mas não é esse o caso, o amor é uma espécie de dança entre dois seres complexos e emocionais, nunca vai ser simples.

Por isso não há outra alternativa se não tentar mesmo assim, se alguém chegar a ler isto e ainda não conseguiu lá chegar, boa sorte, se já conseguiste, parabéns, és um sortudo, feliz S. Valentim para ti.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Com um pouco de imaginação...

Ás vezes lemos uma frase num livro ou vemos uma cena num filme e imaginamos outro rumo, ou a história por detrás de uma personagem ou de um detalhe que nos chama a atenção...

Uma fã do "Senhor dos Anéis" também passou por isso, só que não se ficou só por imaginar, juntou alguns milhares de libras, umas centenas de voluntários e aqui está o resultado:

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Vamos dançar um bocadinho...

Nada de importante para hoje, só duas das minhas músicas favoritas...



quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Todos temos algo a esconder

Li nas noticias que alguns deputados tiveram a ideia luminosa de publicar na internet os nossos rendimentos. Para quem apoia a ideia é uma boa causa, afinal uma pessoa de bem não ten nada a esconder,certo?

Errado!
Todos nós, ao longo da nossa vida, fazemos coisas que vão de certeza ofender alguém, para qualquer coisa que se possa imaginar existe alguém para se irritar. Era fantástico se a nossa sociedade conseguisse lidar racionalmente com as nossas diferenças, mas infelizmente esse não é o caso.

O que os outros vão sabendo sobre nós nem sempre é usado com boas intenções, seja o que fazemos (gostos, profissão, ...) ou quem somos (telefone, morada, e-mail, ...).
Aqui o perigo não virá tanto do raro "maluco" ou "tarado", mas dos que gostam de julgar e coscuvilhar. Esses são mais comuns e às vezes podem influenciar os outros e tornar o nosso dia a dia mais difícil.
Como a vizinha que nas conversas dela nos vai pintar como criminosos porque acha o nosso carro demasiado bom para os nossos rendimentos, ou como forretas porque conduzimos um carro modesto com um bom salário.

Isto não quer dizer que é preciso viver como paranóicos, às vezes o mundo pode surpreender pela positiva.

Por exemplo, quando decidi começar a usar o MSN criei outra conta de e-mail com receio de ter de aturar spam e melgas na minha conta "principal". O tempo foi passando e vi que o spam era tratado pelos filtros automáticos e que para além disso podia facilmente filtrar o que quisesse.
Por isso, agora já não me preocupo tanto e divulgo os meus e-mails mais facilmente.

Mas isso foi uma decisão que eu tomei, não me importo que uma pessoa qualquer saiba o meu e-mail porque penso que vou poder lidar com as "melgas".
Estas decisões são diferentes para cada pessoa, dependem de que informação é, a quem é que vai ser dada e da sociedade em que a pessoa vive. Se o que vamos dar não importa, se confiamos nas pessoas, ou se a opinião delas não vai ser relevante então tudo bem, mas nem sempre é assim, e o facto de não haver problemas para nós não quer dizer que seja assim para todos.

Todos nós podemos ter algo a esconder, coisas diferentes de pessoas diferentes conforme confiamos nelas ou não.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

INFRAMAN!

Isto é ridículo, bizarro, de loucos, delirante... ...e das coisas que mais me fizeram rir até hoje, tenho de arranjar o DVD disto!

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010