segunda-feira, 28 de junho de 2010

O grande mocho esquecido


Era uma vez um aparelho futurista construído em 1920 e pouco, enorme, feito de materiais de alta tecnologia, concebido para mudar o transporte aéreo, era o LWF Owl, o grande "mocho".

A grande ideia por detrás dele era a do avião "3 em 1", avião postal, de passageiros e bombardeiro para a força aérea dos Estados Unidos, usando 3 fuselagens bastaria mudar a do meio para ter um avião diferente, aproveitando os motores, asas e tudo o resto.

Fabricado com camadas da melhor madeira moldadas e coladas para formar uma estrutura leve e resistente, grande para a a sua época, tinha alguns problemas com uma aerodinâmica prejudicada pelos cabos e os suportes da sua estrutura e por não poder perder um motor sem entrar em dificuldades.

Mesmo com problemas de potência e performance ainda conseguiu fazer vários voos de teste, mas no fim não foi o suficiente para convencer clientes e iniciar a produção em série, e assim depois dos testes acabou por ser posto de lado e queimado.

E hoje (quase) ninguém se lembra do grande "mocho", encontrei-o por acaso numa revista de aviação, procurando na web, há mais duas revistas arquivadas aqui e aqui , foi uma das curiosidades da história da aviação, o avião modular que quase fez história, talvez com um pouco mais de potência e testes mais bem sucedidos ou uma força aérea um pouco mais generosa...

domingo, 20 de junho de 2010

Carthage must be destroyed

Já encontrei livros de todos os tamanhos, dos pequeninos de bolso aos calhamaços colossais, "Carthage must be destroyed" é um dos grossos, pesado, dá a ideia que nos vai dar bastante para ler. E cumpre as suas promessas, com a história de Cartago para acompanhar.

E é uma história que vale a pena ler, quando pensamos em Cartago podemos pensar numa cidade conquistada e destruída por Roma, este livro leva-nos a conhecer a história por detrás dele, como foi fundado, como cresceu e como entrou em rota de colisão com os Romanos.

As páginas podem parecer muitas ao principio, mas depois das primeiras isso não importa ficamos absorvidos nas histórias de uma civilização que foi uma encruzilhada de comércio e influências, que construiu obras impressionantes, que teve grandes conquistas com génios militares e derrotas humilhantes com generais azarados, que teve rios de dinheiro em algumas alturas e noutra quase foi destruída por mercenários a quem não conseguia pagar salários.

Muitas histórias e muitas personagens para conhecer, se as tento resumir nunca mais saio daqui, basta escrever que antes do mundo Romano houve outro mundo, tão rico e sofisticado quanto ele, valeu a pena fazer a viagem até lá.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Um pedaço dos céus

Vendo as noticias na web descubro que uma sonda talvez tenha trazido um pouco de poeira do asteróide 25143 Itokawa de volta à Terra , um pequeno pedaço da nossa tecnologia viajou distâncias incríveis, encontrou o seu alvo no meio de um vazio imenso, transmitiu o que viu, tentou agarrar um pedaço dos céus e agora está de volta depois de 7 anos de problemas com equipamento experimental, improvisações e sorte.

É um triunfo, algo novo de que devíamos estar orgulhosos, devíamos desviar a nossa atenção por uns minutos do raio das crises do Euro e das manobras politicas e apreciar isto, e continuar, dar seguimento às nossas explorações.

Quando vejo estas noticias penso que podemos ter aqui algo com que sonhar, explorar, conhecer o que nos rodeia, e quem sabe um dia plantar uma colónia ou duas, uma nova cultura, um novo começo um pouco mais de vida no universo.

Parece uma boa causa, mesmo que seja preciso dedicar alguns biliões de euros (ou dólares), sempre é melhor do que usá-los para engordar elites em esquemas financeiros. Talvez seja o melhor a fazer, exportar um pouco de nós enquanto podemos.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Uma lição de confiança, auto-estima e essas coisas todas

Quando passo pelas livrarias há sempre uma secção cheia de livros sobre como aumentar a confiança e a auto-estima, olhando para as capas parece ser preciso entrar em contacto com anjos, dominar luzes interiores, procurar ajuda de extraterrestres, com tanta teoria isto parece ser um verdadeiro bicho de sete cabeças. E pior, muitas destas coisas parecem não fazer sentido, a não ser como maneira de vender livros.

Até agora não tinha ligado muito a isto, mas hoje tive um pequeno momento de inspiração, olho para as notícias na web e vejo que a Coreia do Norte afirma ter inventado uma bebida milagrosa, previne doenças, faz bem à pele, multiplica as células cerebrais, não tem efeitos secundários, e isto vindo do país que tem a sorte de ter um glorioso líder que é o melhor golfista do mundo, escreve óperas e controla o tempo, ok, ok, chega.

É óbvio que os nossos amigos no regime Coreano desligaram o cérebro da realidade por um bom bocado, têm um descaramento de proporções épicas, e talvez seja essa a resposta, ignorar os métodos complicados e as lógicas retorcidas e simplesmente agir, dizer ou escrever.

Pondo as coisas de outra forma, se um ser humano consegue dizer aquelas barbaridades sem morrer a rir ou perder o juízo, então certamente nós podemos esquecer as cautelas e as preocupações por um pouco e dizer que somos bonitos, alegres e tudo o mais. Se aquele individuo consegue levantar um autocarro com uma mão sem partir o braço, então de certeza que consigo levantar uma caixa de fósforos.

Bom, convém não fazer exactamente o que eles fazem, nós não temos uma policia secreta ao nosso lado para convencer o mundo de que as coisas funcionam como nós dizemos, mas também não é preciso tanto, basta um bocadinho, eles ligam o cérebro a uma versão demente da realidade, nós mudamos a nossa percepção um bocadinho para o lado optimista...

sexta-feira, 4 de junho de 2010

O fim do vingador tóxico

E é o fim, depois de ter chegado mais longe, de ter feito as criaturas que infestam estes túneis tremer de terror o meu gnomo tóxico acaba morto.

Mas morto por quem? Não por um ciclope, que parecia forte mas não durou muito tempo...

Não por uma kobold bailarina assassina, que no fim é tão vulnerável ao veneno como o kobold comum...

Mas por uma horda de ratos coloridos, bovinos agressivos e vampiros sugadores de sangue! Eu até estava à espera de algo parecido com vampiros, os bovinos são inimigos um bocado bizarros, mas ratos coloridos que nos atacam como uma horda de smarties assassinos? Isso sim foi uma bela surpresa, suspeito que não vai ser a última nestes túneis...

quinta-feira, 3 de junho de 2010

O vingador tóxico continua a atacar

Mais uns minutos no "Dungeon Crawl" e grande surpresa, o gnomo tóxico continua vivo! Já vi muitos heróis morrerem vitimas de um perigo vindo do nada quando pego neles pela primeira vez, mas um decidido a chegar a velho como o Manoel de Oliveira, isto é novidade.

Penso que para além da sorte será da nuvem tóxica que uso em todas as ocasiões, confunde as criaturas e enquanto elas estão a andar às voltas como baratas tontas é envenenar e esperar o resultado. E se for alguma coisa que não seja afectada pelo veneno fugir, fugir, neste jogo as lutas justas são compensam.

Entre outras coisas, vingo-me do centauro desnaturado que me apanhou da outra vez...

Depois de cair por um poço acabo a uma profundidade pouco saudável, uma hidra? Parece perigosa e não vou ficar por aqui para descobrir, vamos sair daqui rápido, a correr pelas escadas acima.

Um bocadinho depois, a explorar uma secção nova dos túneis descubro que as criaturas confusas têm grandes problemas a lidar com a água, e sem salva-vidas para as pescar é o desastre, obrigado nuvem tóxica, o melhor amigo do gnomo!

E até as multidões são um belo alvo em vez de um obstáculo, será desta que nada me vai parar?

Mas espera, este chamou ajuda, cor de rosa, tentacular e desconhecida para mim (leia-se provavelmente mortífera), vamos ver o que acontece...

terça-feira, 1 de junho de 2010

O vingador tóxico

Ok, de volta aos subterrâneos para vingar o pobre do centauro, desta vez escolho uma espécie de gnomo, rápido e furtivo mas frágil, os combates corpo a corpo estão fora de questão, mas isso não importa, estes "pequeninos" têm jeito para a magia e escolho um mágico especializado em venenos e coisas tóxicas diversas como profissão.

Chegar ao pé de uma criatura mal-encarada, envenenar antes que ele perceba o que se está a passar e fugir, fugir, fugir enquanto o veneno faz efeito, é este o plano. E depois vou ter também nuvens de gás tóxico para ajudar, sou mortífero como um pacote de leite fora de prazo há 10 anos, o que pode correr mal?

Mais uma vez, a resposta é "muitas coisas", mas até agora tudo bem, a bicharada desaparece como álcool numa festa de estudantes...

As criaturas "especiais" também não duram, este desgraçado por exemplo tem os dias contados...
Dias? Diz antes minutos!

E agora com a ajuda de um deus a quem agrada a magia e a inteligência as coisas vão correr ainda melhor, não digo que chegue ao fim destes túneis, mas vou fazer bastantes estragos...