sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Vamos ajudar a Líbia?

De manhã vi uns minutos das noticias enquanto acabava de mastigar o pequeno almoço e descobri que temos uma euro-deputada na Líbia com os rebeldes, e a senhora aproveitou para pedir que ajudem e apoiem os  Líbios, eles estão aflitos, precisam de nós, agora é a altura, por favor ajudem estes rapazitos tão simpáticos, etc. etc.

Bem, primeiro pensei que ia ficar um pouco desapontada, estamos pobres, à rasca, se calhar nós é que ainda vamos precisar de ajuda...

Mas depois tive uma ideia luminosa, nós podemos ser pobres em dinheiro e outros bens materiais mas temos outras coisas para oferecer...

Primeiro, amigos Líbios, gostaram da senhora? É simpática não é? Pois podem ficar com ela! E com os outros parecidos que temos lá em Bruxelas, mais um parlamento inteiro e um presidente que temos aqui, estão todos à vossa disposição, é só chegar e levar. São políticos usados mas funcionam lindamente, beijam criancinhas, cortam fitas, destapam placas, mentem com quantos dentes têm, se acham que precisam de alguém para "politicar" no vosso novo país são todos vossos.

E se não tiverem muita necessidade de discursos e inaugurações, não se preocupem, tenho a certeza que com um pouco de persuasão eles hão de servir para alguma coisa, nem que seja para varrer a rua e carregar os tijolos para reparar os estragos.

Bom, mas temos algo ainda melhor do que isto para oferecer, a resposta para todos os vossos problemas de dinheiro!

Numa das nossas ilhas vive um individuo chamado Alberto João Jardim com um talento muito singular, ele suga dinheiro, não sabemos exactamente como, talvez tenha alguma técnica de hipnotismo ou talvez seja muito bom a arranjar fotos comprometedoras, mas a verdade é que nunca lhe fecham a torneira, não importa o que ele faça.

Vocês só têm de o pôr no governo, escolher um vizinho mais rico e é uma maravilha, ele saca-lhes dinheiro e depois ainda goza com eles, chama-lhes nomes enquanto os suga e eles sempre a sorrir e a dar.

Só há um pequeno problema a ter em atenção, depois de instalado ele já não sai facilmente, é para durar o resto da vida, mas o dinheiro que ele vai sacar deve compensar isso.

E pronto, digam lá se não é melhor ajuda do que o dinheiro que não temos?

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Comunicações primitivas divertidas

Há algum tempo lembrei-me de me inscrever no http://www.postcrossing.com/, a ideia é contribuir para uma "pilha" de moradas, assim quando nos apetece escrever é só pegar num postal e pedir um destino ao site.

Bem, há alguns dias veio a boa noticia por email, chegou ao destino um dos meus, um bocado de cartão ilustrado atravessou o mundo até à Malásia guiado por meia dúzia de palavras e um selo.

É primitivo, papel físico com palavras escritas a tinta e um selo colado, já não é preciso lamber o selo mas ainda é algo que parece ter sido herdado de épocas passadas, uma mensagem que vai demorar dias em vez de segundos, e viaja e é entregue em mão, seja carrinha dos correios, avião, navio, o que importa é que alguém foi pegando naquilo e transportando estes quilómetros todos.

E no final o destinatário fica com uma recordação da aventura...



E este palavreado todo porque não preciso de pôr coisas no correio há tempo que se transformou numa pequena aventura, numa diversão , vivemos realmente num mundo electrónico.

domingo, 18 de setembro de 2011

Agora, isto é que é cinema!

Já vi praticamente todo o género de filmes, do dramático à comédia, erudito ou idiota, parado ou movimentado, maus,  mais ou menos ou bons...

Mas raramente vi algo tão divertido quanto isto...

Elefantes brancos

Há alguns dias atrás vinha um sujeito no comboio a conversar muito entusiasmado sobre as pirâmides de Gizé, a perguntar-se como os antigos Egípcios tinham construído aquilo e porquê, dizia ele que tinha de haver algo de misterioso por detrás delas.

Já encontrei estas ideias antes, livros, filmes, conversas, algumas pessoas pensam que tem de haver um motivo para que se tenha gasto tanto esforço naqueles monumentos, são enormes, o que levou os construtores a arrastar aquelas pedras todas?

Bem...

A reposta afinal não é tão esotérica ou rebuscada quanto se pode pensar, e não é difícil de perceber depois de nos lembrarmos que foram construídas por pessoas que podiam viver numa sociedade diferente mas no fundo eram tão estúpidas ou tão inteligentes como nós.

Há pouco tempo apareceu uma noticia sobre como uma das nossas cidades tinha um belo estádio que tinha custado uma bela fortuna para o Euro 2004, e que agora está vazio, está ali plantado e as pessoas perguntam-se porque é se achou boa ideia gastar tanto naquele mono.

É um elefante branco, é o que os aqueles gigantes de pedra são, algo que parece muito impressionante quando é feito, que faz as pessoas sentirem-se inchadas na inauguração, "Olha para aquilo", "O maior não-sei-das-quantas do mundo!", e que depois afinal não tem assim tanto uso quanto se pensava, afinal não há assim tanta gente para assistir aos jogos, o monumento afinal não precisava de ter aquele tamanho todo para comemorar o faraó...

Não são necessariamente maus, as sociedades também precisam de sonhar um bocadinho de vez em quando, mas são coisas que sempre existiram e sempre vão existir, nós já temos os nossos, prontos para as gerações futuras gastarem a cabeça a pensar porque é que enterrámos tanto esforço naquelas bancadas?

sábado, 10 de setembro de 2011

Protejam-se!

Os media já andam às voltas com o 11 de Setembro há um bocado, nesta altura do ano há sempre uma estação de rádio, ou tv, ou jornal, ou revista a falar de terrorismo e torres gémeas, está a tornar-se uma tradição.

Bem, não costumo prestar muita atenção a essas coisas e não costumo andar a pensar que caixa de cartão na beira da estrada pode ser uma bomba, mas posso entrar no espírito da "ocasião" com estes filmes encontrados no YouTube no outro dia. Foram feitos para o caso da guerra fria passar a "quente" mas as explosões continuam a ser explosões, venham de soviéticos ou terroristas. Ok, certo, é muito mais improvável que os terroristas arranjem um "brinquedo" nuclear mas de qualquer maneira dão material para fazer umas pipocas e aumentar um pouco a nossa cultura nas noites de inverno que hão de vir.

Vamos lá aprender como sobreviver a uma explosão nuclear, então. Pelo que já vi, o primeiro passo parece ser saltar sem hesitar para o abrigo mais próximo, e pelos vistos é o mais importante disto tudo, o que faz sentido, vai haver radioactividade, mas para nos preocuparmos com ela temos de evitar morrer estupidamente com um tijolo em cheio na cabeça ou algo parecido. Para além disso ter algo entre nós e a explosão pode impedir que acabemos esturricados com o calor ou cegos com o clarão.

E pensando bem, essa é a grande lição destes filmes, não deixar que as preocupações "high-tech" nos façam esquecer das coisas simples e directas, a radiação pode ser assustadora e ter a atenção toda, mas o tijolo a voar (ou o banco de jardim, ou a máquina de lavar, ou a vaca...) pode ser tão mortal quanto ela, ou mais.

E da próxima vez que alguma "cabeça pensante" disser na tv que estamos em perigo e temos de recear a ameaça do dia, não deixar o medo tomar conta e recordar que há algumas décadas o mundo funcionava lindamente com a possibilidade das bombas começarem a cair amanhã...







quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Japonesices

Tinha pensado em escrever alguma coisa sobre a maneira como a economia anda a dar a volta à nossa cabeça, mas agora que estou a transformar as ideias destes dias antes de ir dormir já não estou com muita vontade, é deprimente, já está em todo o lado e de qualquer maneira não há muito para dizer além de "Eles comem tudo e não deixam nada", fica para outra altura.

Bom, vou é usar este momento para pensar em algo capaz de me animar, algo como...

Ideias japonesas, eles têm assim uns processos mentais desviados uns graus do resto do mundo, ora vejam...

Vamos supor que uma empresa quer um produto novo para festas e casamentos, agora pensem bem, o que é que as pessoas gostavam de fazer no casamento?

Atirar ursinhos de peluche aos convidados, "naturalmente"! ("naturalmente" para eles, é isto o que eu queria dizer com os processos mentais ligeiramente desviados)

Mas depois deste salto mental acrobático tudo cai no lugar com a sua lógica muito própria. É claro que os ursos vão precisar de para-quedas para descer em condições e fazer uma boa aterragem nos convidados, é óbvio que lançar o urso à mão não vai ser muito cómodo, por isso a nossa empresa vai pôr no mercado...

 

 Uma pistola de ursos de peluche pára-quedistas, prontos, apontar, divirtam-se!