O futuro de um produto estranhamente específico

Tudo tem de começar por algum lado, todas as coisas têm de ser inventadas, os nossos antepassados tiveram de se desenrascar com paus, dedos e facas até alguém inventar o garfo, durante muito tempo as pessoas andaram a atar bolsas à cintura até alguém ter a ideia da roupa com com bolsos (e como bónus ficámos com um sitio conveniente para por as mãos), o carro foi inventado para nos livrar da poluição dos cavalos (sim, claro, os fumos do escape não são muito bons mas acreditem que são um passo à frente da caca de um engarrafamento de cavalos em hora de ponta), tudo tem de começar com um tipo aventuroso a mostrar um mecanismo peculiar.

Mas por outro lado nem todos os mecanismos peculiares conseguem encontrar um lugar, o vidro colorido para fazer luz azul medicinal, o tubo pneumático para transportar pacotes entre prédios, o dirigível de passageiros, esses ficaram para trás, parte da vida moderna ou curiosidade obscura não se pode distinguir logo entre um tipo e o outro.

E agora, aqui perto do trabalho, no Colombo, temos uma banca com uma dessas invenções ainda no inicio, o "coiso para limões higiénicos à mesa".

Ok, admito que me esqueci do nome oficial que os tipos do marketing lhe puseram mas o principio é esse, uma coisa onde se enfia uma rodela de limão e depois deve dar sumo de limão ou algo parecido, presumo, uma coisa onde espetar rodelas de limão até precisas, de qualquer forma.

A principio parecia-me algo com uso estranho, haverá assim tanta a gente a clamar por um coiso onde espetar limões?

Mas por outro lado, quem sabe...

Talvez daqui a uns anos haja um Vicente futuro a espetar uma rodela de limão e a perguntar-se o que os antepassados faziam antes do "coiso para limões higiénicos à mesa"?

Ou talvez inventem algo mais útil, por exemplo, algo portátil para comer coisas dos pacotes sem sujar as mãos. Mini garfo com limpeza automática? Pauzinhos hidrofóbicos em miniatura?