domingo, 29 de dezembro de 2013

Uma pequena história de Natal...

É a manhã do dia de Natal, abrigado e quente no seu refúgio, um grande mamífero começa a emergir do sono...

Ele é o pináculo da evolução, a criatura mais versátil à face do planeta, dentro de alguns minutos ele vai participar numa data especial juntamente com os seus semelhantes. Eles vão aproveitar os esforços e o engenho de uma sociedade de biliões de indivíduos para se reunirem, não importam os quilómetros que os separam, não importam o frio e a chuva, eles vão se coordenar e interagir num acontecimento complexo, de uma forma que mais nenhuma criatura neste planeta consegue.

Bom, mas primeiro esta criatura em particular tem de sair da cama, vamos então, mas, esperem, um minuto...


Há um intruso, aproveitou o abrigo quente e seco e agora desafia o dono a fazer algo. Um simples aracnídeo ousa provocar um homo sapiens apesar de ter apenas uma fracção do tamanho, da força e da inteligência, sem medo, insolente, sem vergonha.

Ele pode ser esmagado num minuto, esborrachado, obliterado, mas...

Isso apenas vai trocar a aranha viva por uma pasta de aranha esmigalhada, algo que definitivamente não se quer ver num lugar onde se dorme.

Há certamente outra solução, mas entre os minutos necessários para pensar e implementar, a aranha vai certamente por-se em fuga de qualquer maneira...

E assim o aracnídeo ganha o combate, não pela força, rapidez, ou destreza, mas simplesmente por fazer com que a sua destruição seja mais problemática do que virar as costas e deixá-lo desaparecer. É uma espécie de Judo posicional, onde o lutador se coloca no lugar que mais frustra o adversário.

Ora tomem lá mamíferos!

2 comentários: