sexta-feira, 12 de novembro de 2010

S. Martinho e outras coisas

Temos milénios de história recheados de acontecimentos e 365 (ou 366) dias no dias em cada ano, por isso é sempre o dia de que qualquer coisa e às vezes temos sobreposições curiosas.

Hoje. por exemplo, foi o dia de S. Martinho, dia das castanhas assadas e da água-pé, que por acaso também foi o dia do nascimento de um escritor Russo famoso, Fyodor Dostoyevsky. Para além disso (entre outras coisas) é o dia da independência da Polónia e de Angola e o dia do fim da 1ª Guerra Mundial.

Depois de alguns dias de negociações os representantes chegaram a um acordo às 5 da manhã de 11 de Novembro e as mensagens a anunciar o fim dos combates às 11 do mesmo dia começaram a ser enviadas, oficialmente a guerra terminava às 11 do dia 11 do décimo primeiro mês do ano.

Mesmo só com uma manhã de guerra ainda houve tempo para mais alguns milhares de mortos e feridos enquanto as mensagens chegavam e eram lidas, um dos mortos foi George Edwin Ellison que tinha conseguido sobreviver à guerra desde as primeiras batalhas em 1914, depois de anos a escapar a balas, bombardeamentos, gás e todo o tipo de perigos, foi atingido às 9:30.

Comi as minhas castanhas assadas no aniversário de Dostoyevsky enquanto os Polacos e os Angolanos comemoravam a independência, no mesmo dia em que o George quase sobreviveu à 1ª Guerra Mundial.

2 comentários:

  1. É como dizes amigo Paulo, há sobreposições interessantes. O S.Martinho que me perdoe,e pelos séculos que tem, já não deve ouvir nem ler de certeza o que escrevo. Não achas? De todos, o mais importante é ter sido nesse dia que terminou a 1ª Guerra Mundial. Mas não tiveram emenda, e passados alguns anos meteram-se na 2ª.

    Bom fim de semana

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  2. Pois é, acho que o aniversário do fim da guerra é um pouco esquecido pelos media e o público, é pena, foi uma grande mudança para a Europa e uma grande lição (apesar de desagradável) sobre como as guerras a sério não são nem rápidas nem gloriosas.

    Infelizmente a paz a seguir à guerra não correu lá muito bem foi preciso repetir a lição para os Alemães e Japoneses aprenderem definitivamente. Os Japoneses em especial pareciam estar a viver numa espécie de sonho ultra-nacionalista-militarista em que se julgavam capazes de conquistar tudo o que quisessem, no fim os bombardeiros americanos conseguiram fazer entrar a mensagem de que "Japonês" não era sinónimo de "Invencível" ou "Superior" naquelas cabeças duras (e bem duras, foram missões atrás de missões até o imperador conseguir vencer a resistência dos militares e decidir render-se).

    Bom fim de semana para ti também

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