sábado, 19 de março de 2011

A artilharia anti-pato

Admito que às vezes não entendo bem as pessoas, mas há um facto básico que já percebi e nunca falha, as pessoas fazem as coisas mais incríveis, nada é demasiado louco, demasiado parvo, demasiado estúpido, se algo é fisicamente possível, há um louco que já fez ou está a fazer.

Por exemplo, vamos imaginar um caçador, ele tem um lago favorito cheio de patos e apanha sempre uma série deles. Tudo parece bem, até que num belo dia ele começa a pensar se não haverá maneira mais eficiente do que dar um tiro em cada um...

Bem, quanto mais um chumbo ele conseguir pôr no ar mais patos vai apanhar com cada tiro, certamente. Por isso toca a procurar uma arma maior...

Algo que apanhe 5 de cada vez...

Ou 10...

Ou 20...

Ou algo mesmo a sério, que tal 50 com um tiro para despachar logo tudo?


E pronto, aqui está a maravilhosa "Punt gun"! Andar com este monstro ao ombro está fora de questão é claro, por isso o melhor é montar isto na proa do barco e depois é só remar para apontar:




Hoje é uma curiosidade bizarra, mas no século XIX era a ferramenta usada pelos caçadores que vendiam as penas para a industria de chapéus de senhora. Para tornar tudo ainda mais eficiente organizavam-se em pequenas frotas e depois aproximavam-se cuidadosamente do bando de patos alvo para apanhar uma boa carga logo ali.

Imaginem a cena, algures num lago Americano ou Inglês, 10 barcos carregados de artilharia aproximam-se de um bando de patos sorrateiramente, com todo o cuidado, como se os bichos fossem entrar nesta corrida ao armamento e retaliar com torpedos ou coisa parecida. Os atiradores colocam-se em posição, respiram fundo e apontam cuidadosamente, esta é uma missão vital, a industria de chapéus com penas depende do resultado deste dia...

Incrível e ao mesmo tempo completamente plausível, é aquele género de coisa demasiado bizarro para ser inventado.

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